Freud, revolucionário e inclusivo

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Texto dedicado à lembrança da passagem do nascimento do neurologista e psiquiatra austríaco Sigmund Freud, em 6 de maio de 1856.


Está lá, na Grécia, esculpida no alto do Templo de Apolo, em Delfos, a famosa máxima “Conhece-te a Ti Mesmo” atribuída ao sábio Tales de Mileto. Milhares puderam lê-la pessoalmente, em suas visitas turísticas.

Milhões já dedicaram alguns segundos no mundo digital para admirar a belíssima criação arquitetônica pela internet. Porém muitos e milhões dessas pessoas seguem o curso de suas vidas um tanto quanto adormecidas, apenas vivenciando, aqui e ali, lampejos de claridade que a máxima grega lhes traz. Uma parte, sofre com o imenso estado de atordoamento.


O fato é que bilhões de pessoas neste mundo podem viver uma vida tão inconsciente, no sentido popular, que sequer se percebem como pessoas. Percebem-se como “medico famoso”, “professora competente”, “mãe zelosa”, “empregado produtivo”, mas nunca como a pessoa real que cada uma é, uma subjetividade única, no universo de subjetividades únicas!


Porque, já na Grécia de Mileto, desconfiava-se de que o ser humano, a pessoa, seria muito mais do que vemos no seu exterior, do que ela própria vê.


A verdade é que, em um pequeno momento de reflexão, um lapso de luz à mente, podemos ao menos desconfiar disso. Lamentavelmente, a maioria das pessoas não tem um bom grau de autoconhecimento e nem método para vir a tê-lo. Pelo que, muitos arrastam-se pela vida, carregados de incógnitas e indagações que, muitas vezes, se tornam tão profundas e pesadas, que transformam suas vidas em um “eterno carregar de peso nas costas, subindo e descendo alturas, como no mito de Sísifo (Albert Camus, 1941), sem jamais entender como fazer para retirar tal carga de suas vidas.


Se desde a Grécia antiga, era latente a importância de conhecer-se a si mesmo, na modernidade do Século XX, essa configuração do ser humano a reboque de suas angústias, medos e frustações levava centenas de pessoas direto para os hospitais psiquiátricos, para a exclusão do social.


É nesse momento da história da humanidade que podemos considerar Sigmund Freud (1856-1939) como revolucionário e altamente inclusivo, quando trouxe para a mesa dos debates profissionais e sociais o conceito de inconsciente (pré-consciente) e consciente e da possibilidade de cura pelo autoconhecimento, ou melhor dizendo, pelo que a Psicanálise por ele criada chamaria de associação livre e atenção flutuante.


Revolucionário porque até então, na Europa das duas grandes guerras mundiais, o que se conhecia de tratamento para as doenças da mente era uma medicina que a entendia como doença física e, como tal, tratava-as da mesma forma, no modelo vertical, de modo de cima para baixo, com quase nenhuma participação do chamado paciente, a ser como objeto de tratamento. Importante era curar a doença e, em caso de isso tornar-se impossível, condenava-se ao paciente ao isolamento social e às fortes medicações, dentre outros métodos.


O médico neurologista e psiquiatra Freud, poder ver mais além – ou mais profundamente – do modelo de tratamento para o adoecer do psiquismo da época e, então, utilizando seu próprio método de ouvir e observar cientificamente (atenção flutuante), percebe que era possível – e preciso – ir além. Acreditou e criou método para investigar o que se manifestava nos doentes eram latentes sintomas do que estavam acometendo em suas mentes. Ao mundo, Freud disse que uma pessoa é muito mais que vemos por fora dessa pessoa. Que cada ser humano está formado e imergido em instâncias como consciente, pré-consciente e consciente.

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Aí está para onde temos que ir, em busca de nossas respostas para nossas angústias, feridas, questionamentos profundos, desejos, medos. O inconsciente, que sempre esteve ali, mas que o mundo ainda não tinha alcançado percebê-lo como uma das forças motrizes da vida humana.


Assim que, se milhares de pessoas que estão vivenciando desorientação emocional, vazio, pensamentos, profundas cicatrizes, poderem ser ouvidas, ao tempo em que se ouve a si mesmas, é bastante promissora a possibilidade de que essas pessoas possam viver suas vidas de modo mais conscientes (voltamos aqui ao conceito de senso comum), porque terão aprendido a perceber, analisar e entender seus inconscientes.

A Vida de Freud em 15 imagens

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Uma terapia para tornar as pessoas mais conscientes

Freud é ainda revolucionário, portanto, por ter estabelecido método e ferramenta para ajudar a estas pessoas a alcançarem tal objetivo. Tal método e ferramenta é a Psicanálise, cujo objetivo fundamental, segundo o próprio Freud, “é trazer à consciência do doente o psíquico que há recalcado nele”.


Como pessoa de comunicação social, faço parte do grupo de pessoas que defende o diálogo como e construtor de pessoas e de relações salutares. O ato de dialogar, quando se ouve e se é ouvido, é um exercício cujos resultados são extremamente benéficos para o corpo, a alma e a mente.


Na Psicanálise, nessa mesma salutar forma de diálogo, Freud que a escuta atenta pode resultar em grandes benefícios para o paciente, uma vez que ele, no exercício de ser ouvido, expressa o quê e as causas do que lhe está afetando, logo, terá maior condição de curar-se e/ou superar.

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Para concluir, trazemos o caráter inclusivo da contribuição de Freud para a ciência e para a humanidade como todo. Quando dizemos que entendemos Freud como inclusivo é por fazer um paralelo do modelo de tratamento das pessoas com doenças mentais aplicados antes e pós Freud.


O paciente outrora tratado como objeto, agora é a peça fundamental do seu tratamento, passa a ser proativo, participante no processo. Freud criou a Psicanálise como um método para investigar os processos inconscientes e de outro modo inacessíveis do psiquismo.

A Psicanálise não diz como a pessoa que busca tratamento deve viver, agir, comportar-se. não é esse o papel da psicoperatia criada por Freud. Ela – isso sim – facilita o processo de tomada de consciência desse paciente. Para Freud, há que dar-lhe atenção, ouví-la e analisar os significantes do que se manifesta, para que se possa encontrar as causas do seu padecimento, sem a necessidade da segregação social, como outrora.

Isto, definitivamente, é um ato inclusivo!

SIGMUND FREUD – Příbor

Em comparação com duas outras casas que desempenharam um papel importante na vida de Freud (ambas as casas em Viena e Londres são agora importantes museus – Sigmund Freud Museum Wien e Freud Museum London , cuja exposição é consistentemente baseada em objetos que ele usou para seu uso pessoal e para seu trabalho profissional, e todo museu também inclui bibliotecas profissionais e locais de trabalho profissionais, que hoje são os centros de seu legado), a exposição no Local de Nascimento foi projetada não para copiar fatos e realidades conhecidos, mas para apresentar Sigmund Freud por meio de suas ideias.

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Sigmund Freud está entre as personalidades que influenciaram e estão influenciando todo o século passado e continua influenciando até os dias de hoje.

O próprio Freud influenciou muitos escritores com sua descoberta, mas acima de tudo fez grandes progressos no conceito de psicologia e psiquiatria.

Freud é figura de grande importância na saúde mental, porque ele transformou a psiquiatria para melhor, em muitos aspectos e provou mudanças essenciais na abordagem das doenças mentais e no atendimento aos pacientes, que passaram a ter voz no seu processo de cura.


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