Santo Agostinho foi um dos mais proeminentes teólogos e filósofos do cristianismo, tendo suas obras e reflexões exercido profunda influência no desenvolvimento do cristianismo e da filosofia ocidental, revolucionando o pensamento cristão da época.
Filho de santa (Santa Mônica) e pai pagão, Agostinho nasceu em Tagaste (atualmente, Argélia, África).
Santo Agostinho buscou entender os conceitos da vida por meio da psicologia, filosofia e da religião, dando ênfase a afirmava de que cada acontecimento seria uma providência divina.
Tendo sido um homem de fé e da Igreja (Católica), sua obra deixada para a humanidade reúne cartas, tratados filosóficos e teológicos, salmos e sermões que versam sobre liberdade, livre arbítrio (de onde se geraria todo o mal, segundo o pensador) e autoconhecimento humano, como graça concedida por Deus.
Em sua busca filosófica, Santo Agostinho abandonou a prática da observação e reflexão sobre o mundo exterior para realizar uma profunda introspecção para investigar o que seria o mais profundamente essencial no ser humano.
A origem da prática da introspecção
A prática da introspecção tem sua origem nas Confissões (398) de Santo Augusto, podendo ser defina como uma análise dos conteúdos mentais diretamente acessíveis e de caráter ético, e debate sobre a relação entre sujeito moral (que ele deseja ser) e sujeito imoral (que ele é, de nascimento, de origem).
A introspecção é a prática de autoconhecimento por meio da observação e descrição do conteúdo (pensamentos, sentimentos) da própria mente, é uma reflexão de uma pessoa sobre si mesma.
Define-se, assim, como uma análise dos conteúdos de nossa mente que são diretamente acessíveis e de caráter ético, pois lança um debate sobre a relação entre o homem moral, que ele deseja ser, e o homem imoral, que ele é de nascimento.
A introspecção está atenta a pensamentos e sentimentos opostos, conflituantes, manifestos no Eu consciente, não sendo seu objetivo acessar e aprofundar possíveis conteúdos latentes reprimidos no inconsciente.
Portanto, é um método para gerar autoconhecimento que possibilite (re)integrar os sujeitos ao nível de valores sociais, enquanto a autoanálise psicanalítica um método que oferece a oportunidade de reconstrução do seu passado como uma explicação para o comportamento do presente do analisando.
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